quarta-feira, 29 de junho de 2016

O poder do hábito – Charles Duhigg


O hábito. Para falar nele vale uma pequena confissão: eu não me interesso por este tipo de leitura, envergonho-me em dizer que quando passo na prateleira de “autoajuda”, que parecem cada vez mais conter “verdades” científicas, eu saio correndo, num esquive que nem o diabo daria ao ver a cruz. Eu sei a palavra disso, preconceito, não precisem me dizer, mas, é porque eu já li tanta bobagem em livros como este, que vendem milhões, pois, é impressionante o número de pessoas desesperadas por uma solução final, que simplesmente ignoro a sessão. Prefiro ir ao vizinho Fantasia, parece mais plausível pra mim.
                Então, foi totalmente obra do acaso que este ser tenha parado em minhas mãos. Ultimamente eu tenho lido pouco, menos do que gostaria, algo em torno de dois livros ao mês apenas, às vezes três, por outro lado, tenho estudado muito, então não sobra muito tempo para as minhas aventuras literárias. Bem, estava lá eu, no meio de uma aula de Processual Penal quando meu professor falou deste livro e ele falou com tanta empolgação que eu me contagiei, afinal, o meu professor de direito, altamente qualificado, não iria me indicar pseudociência.
                Estou feliz por ter deixado meu preconceito de lado e ter comprado o livro para ler. Além de ser altamente embasado cientificamente (o que é importante para mim já que essa é minha formação profissional), o livro é bem sucedido naquilo que muitos livros dessa área fracassam: as palavras. Quem lê muitos artigos ou livros de Ciência sabe do que estou falando. Você se perde naquele linguajar técnico, que não vai nem pra frente e nem pra trás, apenas estaciona e não sai do lugar, aí você simplesmente joga o livro para o lado e pensa – nossa que chato! Ficar olhando pra minha parede branca é mais interessante do que isso aqui – as palavras escolhidas por Charles, sua narrativa, deixa os leitores totalmente imersos no que estão lendo, parece que você está lendo uma das aventuras de Sherlock Holmes, mas, é só Ciência. E isso, é um feito e tanto.

                O mais bacana é que eu não apenas contagiei a mim mesma, mas, saí contagiando todos aqui no trabalho, ficava o dia falando sobre o hábito, a evolução dos estudos deste tema, como mudar os hábitos e como eu já estava aplicando tudo o que eu tinha lido. E não era só falatório, as pessoas estavam vendo minhas mudanças. De repente, todo mundo quer ler o livro, o meu exemplar mal saiu das minhas mãos e foi direto para as de meu pai. Acho que Duggin conseguiu o que todo autor gostaria de alcançar, o contágio de todas as pessoas por seu livro, pelo menos a mim contagiou, acho que não só a mim né já que milhões de exemplares foram vendidos segundo o New York Times. Contagie-se você também!


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